sábado, 22 de dezembro de 2007

A menina

A menina

estava vestida

para parecer

Amor

Para obter

Amor

Para dar

Amor

Mas nem tudo nela era

Amor

Havia também um jacto

de

Alegria

Suprema Liberdade

(Imprevisível, Incomunicável, Incompreensível)

mas desse

não podemos falar...

Ficará para sempre escondido

para lá das paredes do Ser

Mergulhado nas contradições

Paradoxais da Vida...

e Mistérios...



segunda-feira, 17 de dezembro de 2007

Sexo em Deus - ou, como diminuir o risco de ir parar ao Inferno

Já muita tinta escorreu acerca deste tema: como podemos e até que ponto podemos ter sexo sem desafiar as leis de Deus, e, mais especificamente, sem desafiar os mandamentos expostos na Bíblia. Felizmente hoje podemos encontrar a súmula de todos esses ensinamentos, transmitidos e aperfeiçoados ao longo de gerações e gerações, gratuitamente, na net, à distância de um ‘click’. Um manual que explica claramente os limites dentro dos quais podemos meter os nossos corpos uns dentro dos outros sem os masoquismos habituais da ideia de irmos parar ao Inferno. O link é este:

http://www.sexinchrist.com/

Polícias e ladrões no FarOeste do Pará

Toda a gente sabe da história da miúda de 15 anos que esteve presa durante 26 dias com mais de 20 reclusos, nem todos eles cavalheiros. Para mim, o que é mais fantástico nesta história é como agora, ainda depois do desmascarar dos acontecimentos, ainda se mantém a atitude tanto de polícias como de ladrões. Os polícias, magistrados, governadores, etc, a dizerem: “não fui eu, não fui eu – sou tão bonzinho e faço tudo o que posso para ajudar, não tenho é meios”. Os ladrões (reclusos, moradores, família) “não se pode dizer não à polícia, há que temer o bastão e comer o que se tem à mão”.

É preciso dizer que quem denunciou o caso foi um “ladrão”, o único cavalheiro visível na história, mas mesmo assim sem nome (só a sua alcunha foi revelada “o Aranha”) que, assim que foi libertado, se dirigiu à escola onde a menina estudava para obter a certidão de nascimento e, com essa prova de que ela era menor, foi ao “Conselho Tutelar” que depois deu seguimento ao caso.

Agora, mesmo depois de tudo estar a descoberto, a juíza que deu a ordem de prisão continua a dizer que a miúda devia ter problemas psicológicos porque mentiu acerca da idade, que “a garota provocava sexualmente os presos” e que "tem algum problema psíquico", etc. O governador lá do sítio afirma que é “normal” porem homens e mulheres juntos na mesma cela e que a família dela é a grande culpada já que a tinha abandonado há 3 anos! Falar em desresponsabilização é pouco, talvez insensibilidade, ou até cegueira... um tema para o Clint Eastwood.

É também caso para perguntar quem é que são os polícias, quem é que são os ladrões, no estado do Pará? A última nota, ela foi presa por furto, mas nem sequer houve furto, apenas “tentativa”...

Um levantar do véu:

http://oglobo.globo.com/pais/mat/2007/12/10/327530968.asp

http://oglobo.globo.com/pais/mat/2007/12/12/327558698.asp

http://www.correiodobrasil.com.br/noticia.asp?c=130734

sábado, 15 de dezembro de 2007

Importância

Cada momento é a coisa mais importante do mundo

mas ...

Cada momento é também a coisa menos importante do mundo...

Porquê?

Porque é em cada momento que se joga a nossa liberdade, é a única ocasião em que podemos escolher, fluir, aprender, comunicar, transmitir. O passado está morto, o futuro não existe. O presente é a ocasião, a única, para ser.

Mas ao mesmo tempo, somos como formigas passeando sobre um vidro mais forte que o diamante, é impossível deixar a nossa marca na profundidade do mundo, pelo contrário, ele é que nos sustém, para lá do movimento; e o que muda é a imagem, porque o mundo é apenas como o reflexo nas águas de algo real. Essa realidade está para lá, por mais que mexamos nas águas, só afectamos a clareza com que a vemos.

O momento é a ocasião de transcender, mas com isso nada muda a não ser nós próprios.

quarta-feira, 5 de dezembro de 2007

25 fotos de momentos invisíveis


É engraçado, não vemos o muito pequeno nem o muito grande, e aquilo que é muito rápido ou demasiado lento, também nos escapa ao olhar.


Só interiormente, na imaginação, poderemos treinar a visão para aquilo que os nossos sentidos não mostram; e a tecnologia dá um cheirinho do que seria ver o mundo com sentidos mais apurados:

http://sawse.com/2007/11/02/25-photographs-taken-at-the-exact-right-time/


segunda-feira, 3 de dezembro de 2007

Compaixão pelos animais doentes, corujas e outros bichos...

Muito interessante este site da Bianca, mas às vezes penso que ainda bem que não temos visão microscópica, senão eram joaninhas sem uma perna ou uma asa, gafanhotos aleijados, formigas perdidas da toca, milhões de ácaros a morrer por um motivo ou outro e muitos outros biliões de biliões de insectos a sofrer por um motivo ou outro. Enfim, é claro que a capacidade de sofrimento aumenta conforme aumenta a consciência do animal, pelo menos é o que pensamos, mas bolas, quantos ratos por aí, quantos porcos não têm vidas muito mais miseráveis e dignas de compaixão. Isto sem tirar o valor ao que estas pessoas fazem, e que eu admiro bastante, só me congratulo por termos uma visão pequena, pois, se fosse mais penetrante e ampla, veria bem mais rostos de sofrimento, em cima, abaixo e de todos os lados. Até que ponto aguentaríamos os barulhos dos gritos de sofrimento, as lágrimas e o suor da dor... Quando desistiríamos de vez? E poderíamos alguma vez dormir bem pensando no ácaro que morre à fome e nós com tantos bocadinhos de pele, ali, mesmo à mão e mesmo no pé? É Atroz! Atroz!


Há muito sofrimento no Universo. É a vida, que se renova.

domingo, 2 de dezembro de 2007

O que tem piada



Que dias tão secantes para se achar piada a isso! É que tem que ser mesmo secante. Estes tipos nem televisão devem ter, nem sexo à borla e de qualidade, nem boas praias, nem carros potentes, nem sequer centros comerciais. Deve ser estilo isto:

De manhã a olhar para o teto, rezar, depois a seca do almoço. Não se pode dizer o que se pensa, não se pode sentir o que vem do peito, não se pode dar largas à imaginação. O movimento do corpo tem de estar cortado: alinhadinho com os demais. Seca, seca, seca. Lá fora o tempo tá seco, não chove, não acontece nada. Só afazeres.

Mas eis que!!! Ah!!! Atenção, uma cobra sem dentes vai estar junto de um bebé indefeso!! Ah!! A alegria, a excitação!!! Ah!!!

Fala-se disso, os mais novos com os mais velhos, já podem sorrir, já podem trocar olhares. A vida por um instante faz sentido, a seca dissolve-se um pouco no múrmurio da água a bater: são sorrisos meus amigos, há corações nessas caras fechadas, até se pode abraçar se for só um bokadinho!!

Mas, depois do espectáculo, volta a ser a seca de antes:

Não há praias, nem espectáculos do futebol, nem garinas lindas pra curtir, nem sequer a tv com o João Baião ou similar... Cada um ensimesmado, com o dia como uma cruz...

Que seca!! Venham as cobras desdentaditas, que a gente aqui não tem nada pra fazer!!!