(Se fizer confusão o Buraco pode ler-se “Ego”, “angústia”, “desejo” etc, tb dá)
Estive num Buraco dentro de mim,
precisava de ser preenchido, enchido,
Faltava-lhe Presença...
Conexão...
Procurei o Amor dos outros, para o encher,
Tentei Amar-me a mim próprio,
Mas, eternamente Vazio,
o Buraco engolia tudo o que se lá punha
e ansiava sempre por mais...
Tentei ser Grande,
Sábio,
Possuir riquezas da terra ou do espaço sideral,
Mas nem por isso me amei
nem por isso me amaram,
nem por isso me realizei...
O Buraco, como um vórtice,
chupava tudo à sua volta,
criava caminhos,
Sonhos, objectivos,
Desejos, estratégias,
Julgamentos... = o medo de um eu em perigo
Agora Olho para o meu Buraco,
e compreendo
Que a viagem não é enchê-lo
Mas, percebendo que não tem fundo,
Deixá-lo aberto de ambas as pontas,
Entrada e Saída, Vida e Morte, Renascimento e Apatia,
Presente e Transcendente
É a viagem do enchimento/esvaziamento,
É o Amor e o Desprezo,
É a Vida e a Morte,
É o Começo e o Fim,
És Tu e a Solidão,
Independência e Solidariedade,
Sou Eu e a Dissolução,
É o Vôo e a Viagem,
A Aventura,
Vibração,
em infinitos túneis de expressão...
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