[Vasco Gato, Um mover de mão, col. peninsulares/literatura/63, Assírio & Alvim, Lisboa, 2000, p. 42].Primavera Primeira
estremeço desde o princípio do meu rosto
desde o momento em que sorri e me sorriram
e é nesse lugar ínfimo que suspendo todas as palavras
que fecho os olhos e sinto a frescura de todas as águas
o oceano que cessa e atende o esvoaçar da primavera
é a primavera de todos os outonos
é aqui que em silêncio se bordam os calendários
dias entre dias e sobre dias e as memórias que escapam
e não mais se alcançam se não nos tornamos menores
- no futuro não há esquecimento nem segredos
cada coração guarda apenas o que for mais comum
Este e outro poema de Vasco Gato (seus olhos choram) podem encontrar-se aqui: http://letracorrida.blogspot.com/
A Wikipedia tem o índice das obras, e aqui lê-se um breve esquisso biográfico; outros poemas disponíveis na net:
6 comentários:
Surpresa! Pensei que tinhas morrido, Nem Causa nem por Acaso!
Voltarei logo que tenha tempo.
tenho andado a escrever em inglês:
http://freedomisintheair.blogspot.com/
tb o que é q eu posso dizer de novo???
^_^
(ou q não esteja já escrito no livro do tudo e do nada??)
Podes vestir a nudez e despir a aparência. Mas está tudo lá, aqui, no seu oculto ou revelado mistério!
muito pouca
" a morte é uma coisa pouca
em nada se compara ao crescimento das constelações
a morte não respira nem se expande desde o centro
como fazem as estações desde o coração da terra
e assim eu sei que um sorriso é precioso
porque respira e alarga-se dentro dos olhos
e quando chega ao lugar em que a mão se abre
é já uma forma de sossego uma lua coberta de luar
um modo certo de trocar nomes em dias de excepção" ( Vasop Gato)
Agradeço que por favor altere o link do blog nadir para:
http://zenitenadir.blogspot.com/
obrigada
cumprimentos
Margarida
Já está Nadir, obrigado pela actualização
: )
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