Por vezes a vida é como um mar, não há um sentido ou direcção, apenas ondas que se agitam em direcções muito diferentes e nós vamos saudando-as e conversando com elas.
Quando não há direcção e o mar está flat o horizonte é mais vasto, espraia-se para todos os lados, fazendo-nos rir das limitadas limitações da mente humana. Mas as tempestades também são maiores e, não havendo terra para nos dar referências, deixamos por vezes, sob as enormes vagas, de ver o céu. Então tudo o que existe é o mar, as ondas, a tempestade... vivemos os braços e as pernas e emoções que nos habitam e as de com quem habitamos o momento.
Por vezes gostaria de voltar às estrelas... a essa perspectiva maior onde dores, desconfortos e tragédias são apenas piccoli momenti de uma história universal onde o infinito se encontra e se liga em conexões sempre novas...
Mas agora sou o Mar, só o mar... sem destino nem sentido nem razão, aberto a todos os destinos e todos os sentidos e todas as razões... amando apenas o que há de mais profundo em ti e que é semelhante em todos.
...Cada momento é diferente, único, o futuro... totalmente inesperado... nem desejado nem indesejado apesar de amado de braços e boca aberta, de braços e boca prontos para comunicar... como quem se despede eternamente e eternamente se revê em tudo...
Olá, por aqui?
Olá, para acolá?
Eu agora vou por aqui, digo-te isto...
Amanhã logo se verá...
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