quinta-feira, 24 de abril de 2008
Ser Um com Tudo
Em certas noites transparentes, quando olhamos para as estrelas, parece ouvir-se uma Sinfonia Cósmica que fala de infinitos mundos de infinita diversidade, mas de trama comum. Um Universo que é uma escola do Amor.
Ah como eu gostava de ser uno com os peixes do mar e as aves do céu, de beijar os caracóis nos cornichos, de almoçar com sanguessugas, de me agarrar contra ventos e marés com as carraças, de saltar alto e ágil com as pulgas, de ser espião infilitrado com os vírus, de brincar e fazer amor o dia todo sem pressas como os golfinhos, de brincar com os leões bebés e de descansar com as preguiças, de ser, estático, a beleza, com as estrelas do mar, de ser onda explodindo ao sol no Oceano, de ser Nuvem, de ser Estrela, Horizonte e buraco negro ou galáxia...
Mas os pássaros cagam-me na cabeça, os caracóis encolhem-se quando lhes toco e a generalidade dos bichos fogem ao ver a minha carantonha medonha. É uma tristeza. Quando olho para uma árvore compreendo as limitaçõs do meu cérebro, pois nada da sua complexa estrutura me é evidente... Nem os líquidos que a percorrem, nem o súbtil método através do qual transforma a luz do sol em crescimento, nem o que anima as suas folhas, ou faz das suas raízes algo tão vital. Tudo me escapa, até as nuvens nos seus hipercomplexos processos que a turbulência cria e que nem o mais avançado computador poderia recriar com a precisão infinita que, de facto, as anima. Tudo me escapa, sou um mero macaco sem pelos, um boi a olhar para um palácio, estou afastado de tudo, perdido de tudo.
Pressinto mas não sou... a minha mão, o meu gesto, o meu pensamento, são meras fronteiras. Só o coração e o que está para lá dele é capaz de se pressentir Uno com o Cosmos. E de desejar o Impossível...
Ah como eu gostava de ser uno com os peixes do mar e as aves do céu, de beijar os caracóis nos cornichos, de almoçar com sanguessugas, de me agarrar contra ventos e marés com as carraças, de saltar alto e ágil com as pulgas, de ser espião infilitrado com os vírus, de brincar e fazer amor o dia todo sem pressas como os golfinhos, de brincar com os leões bebés e de descansar com as preguiças, de ser, estático, a beleza, com as estrelas do mar, de ser onda explodindo ao sol no Oceano, de ser Nuvem, de ser Estrela, Horizonte e buraco negro ou galáxia...
Mas os pássaros cagam-me na cabeça, os caracóis encolhem-se quando lhes toco e a generalidade dos bichos fogem ao ver a minha carantonha medonha. É uma tristeza. Quando olho para uma árvore compreendo as limitaçõs do meu cérebro, pois nada da sua complexa estrutura me é evidente... Nem os líquidos que a percorrem, nem o súbtil método através do qual transforma a luz do sol em crescimento, nem o que anima as suas folhas, ou faz das suas raízes algo tão vital. Tudo me escapa, até as nuvens nos seus hipercomplexos processos que a turbulência cria e que nem o mais avançado computador poderia recriar com a precisão infinita que, de facto, as anima. Tudo me escapa, sou um mero macaco sem pelos, um boi a olhar para um palácio, estou afastado de tudo, perdido de tudo.
Pressinto mas não sou... a minha mão, o meu gesto, o meu pensamento, são meras fronteiras. Só o coração e o que está para lá dele é capaz de se pressentir Uno com o Cosmos. E de desejar o Impossível...
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2 comentários:
Mesmo assim, o que mais gostava era de saber "saltar alto e ágil como as pulgas"!
Este texto tem o gosto de uma música brasileira apesar de uma certa nostalgia do Macaco e do Boi desprovidos de ... É doce e melodioso, embora se canse de tanta plenitude através de uma tomada de consciência que assume a forma do macaco e do Boi! É uma musica interessante para eu ouvir nestes dias de férias á luz do sol antes de regressar para os Infernos onde o meu amante, Hades me espera com alguma tensão.
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