sábado, 26 de julho de 2008
Individualidade e inveja... morrer?, para quê??
Como seria um olhar sem inveja, como veria os outros, desde os que consideramos "santos" aos "egoístas", etc?
No filme Life After Life, Raymond Moody entrevista uma série de pessoas que afirmam ter tido experiências após a morte. Nessas entrevistas todas as pessoas descrevem um encontro com um ser que as compreende sem as julgar. Quando encontram esse ser ele pergunta-lhes o que aprenderam nessa vida e toda a vida passa diante delas como se o tempo adquirisse mais dimensões e pudesse ser visto todo ao mesmo tempo e andar para a frente ou para trás (como fazemos com uma paisagem).
Os relatos destas pessoas são tudo menos bem estabelecidos científicamente. Se pudemos duvidar da veracidade da teoria M (teoria das cordas), do porquê de por vezes o alcatrão da estrada reflectir o céu, dos modelos de funcionamento do cérebro, dos modelos de previsão do clima, das fases da vida das estrelas, do modo como as galáxias apareceram, do funcionamento das patas dos lagartos, da personalidade real do filósofo Sócrates, do porquê dos sonhos, da necessidade de dormir, ou, até, de sabermos com certeza se o futuro será como o passado e se o sol irá nascer amanhã, pois certamente este tipo de relatos, impossíveis de testar de forma objectiva e sistemática, será ainda mais falível, mais objecto de incertezas. Poderá ser uma simples fraude, uma experiência provocada pela falta de oxigenação do cérebro, ou simplesmente uma bela história com uma finalidade teológica qualquer ao serviço de um qualquer grupo ou religião.
Seja como for eu acredito nela, não é uma crença justificada por outras crenças, mas apenas pela própria experiência em si. Ou seja, tal como acredito na beleza do mar, apenas porque a sinto, não sabendo porém se aquilo que sinto tem algum valor ou realidade para lá da própria sensação, também em relação a esta presença, que não julga, que tudo compreende, que é luz pura, também acredito porque a sinto, apesar de não saber se a essa sensação corresponde algo fora de mim.
Seja como for não precisamos de acreditar na realidade de um tal ser, basta-nos a sua concepção ideal para compreender que uma visão sem inveja seria uma visão incapaz de julgar, ou melhor, uma visão onde a compreensão do outro, da sua viagem, dos seus motivos, é tão profunda, que todo o julgamento desaparece, sendo convertido em visão.
Por outro lado, a falta de compreensão gera um hiato entre a minha visão e a visão do outro. Então posso considerá-lo um deus ou um diabo, ou outra coisa qualquer. Ou seja, para complementar essa falta de visão, de compreensão, terei de estabelecer outra ponte qualquer. Essa ponte é o juízo, dizer: "fez bem" ou "fez mal" colmata séculos de investigação que seriam necessários para saber porque é que a Joaquina matou o José.
Mas quando compreendemos verdadeiramente porque alguém fez isto ou aquilo, estamos mais próximos (se bem que ainda muito distantes) do psicólogo do que do juíz. Para o psicólogo não fará grande sentido condenar alguém. Qualquer criança chora por uma razão, qualquer pessoa faz o que faz por uma razão. Algo teve de acontecer, a nível físico, psicológico, cultural, etc, que justifica a acção daquela pessoa. Quanto mais não seja, a sua própria liberdade.
Deus (a tal luz dos relatos) seria nesta perspectiva também o psicólogo perfeito. Teria não apenas uma compreensão do outro, mas uma compreensão total, de cada momento, de cada parte, da articulação, da decisão, do peso que a liberdade teve em tudo isso, etc. Mas um psicólogo perfeito vê com total clarividência, tudo o que faz em seguida é no sentido do futuro. Para ele não faz qualquer sentido condenar a não ser como estratégia para o futuro...
É claro que o homem, enquanto homem, não poderá nunca ter uma perspectiva completa sobre uma pedra (que inclui a sua estrutura molecular e quântica, etc, a sua história, a sua relação com cada outra parte do Universo que a influencia e influenciou, etc, já sem falar das possibilidades futuras), uma árvore, uma nuvem, um rio. Portanto não terá também qualquer possibilidade de vir a compreender na totalidade outro ser humano (ou restantes animais). Se bem que a psicologia de um ser humano (ou de outro animal) seja infinitamente mais simples comparada com a estrutura molecular de uma pedra, mesmo assim é demasiadamente complexa para ser apreendida inteiramente. Seja como for, é pouco crível para mim que compreender alguém se reduza a compreender a sua psicologia.
Dado este estado de desconhecimento inultrapassável como pode o homem estar perante os seus pares e o mundo. Bem, a ignorância em si mesmo pode dar origem a muitos sentimentos: medo, mistério ou inveja, por exemplo. O medo leva ao afastamento, o mistério à contemplação, a inveja leva à condenação.
Quando olhamos para o mundo com olhos de ver vemos algo muito para além do Paraíso. Cigarras e formigas, joaninhas e escaravelhos, ratos e serpentes, leões e corças, aranhas e mosquitos, pardais e andorinhas, todos gozam o momento... O prazer de todos, em uníssono, é um som difícil de suportar, uma felicidade atroz que nos parte os limites de ser, que nos rebenta numa gargalhada, que nos parte os princípios e os fins, que nos acorda para um outro mundo: o mundo REAL.
Toda essa beleza, toda essa alegria, é incompatível com a nossa vida miserável, com as nossas preocupações com o dinheiro, com o trabalho, com o que os outros ganham ou pensam de nós, ou porque têm uma vida mais fácil, com o sofrimento dos animais e do mundo. Por isso temos de fazer uma escolha: ou escolhemos a alegria ou escolhemos o eu. O eu exige paredes, medos, divisórias; para haver um eu tem de haver um tu, um medo, uma possibilidade de queda, um afastamento. A Alegria do mundo, do planeta, de cada bicho unida à de todos os outros é demasiado Feliz, demasiado Orgástica, para nos deixar manter nos nossos frágeis limites do Eu. Ou a ouvimos e nos partimos, ou nos mantemos unos na nossa concha, na nossa solidão, e então temos de reinventar tudo, de redefinir tudo. É aí que aparece uma visão alternativa da vida e das coisas, onde o sofrimento é fundamental. Agarramo-nos, não ao biliões de biliões de animais que vivem em joyeusement, alegria profunda e dedicada, mas àqueles momentos de sofrimento por vezes associados ao fim da vida ou à impossibilidade de chegar ao objecto do desejo. Então pega-se num animal que está quase a morrer ou vive preso e arrasta-se o seu sofrimento, prolonga-se o seu sofrimento, enfatiza-se, publicita-se... Contempla-se... e, nessa contemplação, descobrimo-nos como santos por o fazer permanecer vivo assim por vencermos assim a "infelicidade" do mundo.
Nessa visão do mundo nós somos os grandes heróis num mundo marcado pela dor, pela perda, pela derrota. Somos os maiores, tentando "salvar o mundo". Na verdade, porém, nós estamos é a tentar salvar o nosso eu do abraço murmurante de prazer do mundo, para que ele não acabe connosco num orgasmo sem princípio nem fim. Porque, mesmo enquanto morre, o animal está vivo. E estará vivo, presente, no momento, e quando deixar de estar presente ficará apenas o seu corpo. Mas tudo o que observamos é vida, e depois cadáveres vazios dela. Em nenhum momento a vida cede à morte. Em nenhum momento se "morre" verdadeiramente, como algumas pessoas parecem crer, a não ser que com isso digam que a vida deixou de se manifestar. Tudo o que se possa dizer para lá disso (ou seja, que a alma permanece ou não permanece) é pura especulação.
Alimentando assim um mundo onde a morte é uma coisa má, onde o sofrimento é preponderante, conseguimos manter uma certa individualidade. Mas o nosso pior inimigo é o prazer dos outros. Quando vemos as andorinhas a voar, naquele êxtase de se dissolver no vento, pensamos "ah! mas não pensam, e logo virá a morte e os caçadores". Quando vemos um belo animal pensamos "ah! mas já estão em extinção" ou "os homens vão matá-los" ou "não são tão bons como nós" ou "mas há muitos que não apreciam esta beleza" ou "poderia dar uma bela pele".
Ou seja, substituímos a visão extasiante da beleza por outros pensamentos mais negros que nos permitam manter a ficção de que este é um mundo menos que "Beyond Paradise", que é feio, que é dor, que é injusto, que é cheio de perigos, etc.
Assim mantemos a nossa identidade...
Pior do que isso é quando a visão da beleza é tão forte que não nos dá lugar para fugir dela. É o caso do sexo entre dois amantes: vamos escondê-lo, proibí-lo, condená-lo! É o caso da vida das andorinhas e dos pardais e dos golfinhos e de tantos outros... vamos denegri-los, vamos usá-los, vamos matá-los! É o caso do próprio Universo que na sua visível infinitude, perfeição e complexidade nos faz esquecer de nós: vamos ignorá-lo - as estrelas não têm nada a ver com o preço do gasóleo, é com isso que nos devemos preocupar.
Com todas estas estratégias o homem conseguiu sobreviver como indivíduo. reCriou-se a si próprio. Ganhou um lugar privilegiado no universo como "Filho de Deus", veículo para o Nirvana, dono do mundo, empresário, investigador, etc. Nesse papel irá evoluir certamente muito, pelos milénios fora e dará origem a outras formas de vida, como organismos cibernéticos, cujo tempo de vida e capacidades cognitivas lhes abrirão mais as fronteiras da percepção e cognição, permitindo-lhes talvez escapar mais um pouco a esta cegueira. Daqui a milhões de anos, quem sabe a que daremos lugar?
Mas sem dúvida que o nosso individualismo cumpre um papel, uma função, certamente que não seríamos os mesmos caso a beleza extasiante e tão plena do mundo nos fosse visível. Certamente, não seríamos humanos, mas outra coisa qualquer...
No filme Life After Life, Raymond Moody entrevista uma série de pessoas que afirmam ter tido experiências após a morte. Nessas entrevistas todas as pessoas descrevem um encontro com um ser que as compreende sem as julgar. Quando encontram esse ser ele pergunta-lhes o que aprenderam nessa vida e toda a vida passa diante delas como se o tempo adquirisse mais dimensões e pudesse ser visto todo ao mesmo tempo e andar para a frente ou para trás (como fazemos com uma paisagem).
Os relatos destas pessoas são tudo menos bem estabelecidos científicamente. Se pudemos duvidar da veracidade da teoria M (teoria das cordas), do porquê de por vezes o alcatrão da estrada reflectir o céu, dos modelos de funcionamento do cérebro, dos modelos de previsão do clima, das fases da vida das estrelas, do modo como as galáxias apareceram, do funcionamento das patas dos lagartos, da personalidade real do filósofo Sócrates, do porquê dos sonhos, da necessidade de dormir, ou, até, de sabermos com certeza se o futuro será como o passado e se o sol irá nascer amanhã, pois certamente este tipo de relatos, impossíveis de testar de forma objectiva e sistemática, será ainda mais falível, mais objecto de incertezas. Poderá ser uma simples fraude, uma experiência provocada pela falta de oxigenação do cérebro, ou simplesmente uma bela história com uma finalidade teológica qualquer ao serviço de um qualquer grupo ou religião.
Seja como for eu acredito nela, não é uma crença justificada por outras crenças, mas apenas pela própria experiência em si. Ou seja, tal como acredito na beleza do mar, apenas porque a sinto, não sabendo porém se aquilo que sinto tem algum valor ou realidade para lá da própria sensação, também em relação a esta presença, que não julga, que tudo compreende, que é luz pura, também acredito porque a sinto, apesar de não saber se a essa sensação corresponde algo fora de mim.
Seja como for não precisamos de acreditar na realidade de um tal ser, basta-nos a sua concepção ideal para compreender que uma visão sem inveja seria uma visão incapaz de julgar, ou melhor, uma visão onde a compreensão do outro, da sua viagem, dos seus motivos, é tão profunda, que todo o julgamento desaparece, sendo convertido em visão.
Por outro lado, a falta de compreensão gera um hiato entre a minha visão e a visão do outro. Então posso considerá-lo um deus ou um diabo, ou outra coisa qualquer. Ou seja, para complementar essa falta de visão, de compreensão, terei de estabelecer outra ponte qualquer. Essa ponte é o juízo, dizer: "fez bem" ou "fez mal" colmata séculos de investigação que seriam necessários para saber porque é que a Joaquina matou o José.
Mas quando compreendemos verdadeiramente porque alguém fez isto ou aquilo, estamos mais próximos (se bem que ainda muito distantes) do psicólogo do que do juíz. Para o psicólogo não fará grande sentido condenar alguém. Qualquer criança chora por uma razão, qualquer pessoa faz o que faz por uma razão. Algo teve de acontecer, a nível físico, psicológico, cultural, etc, que justifica a acção daquela pessoa. Quanto mais não seja, a sua própria liberdade.
Deus (a tal luz dos relatos) seria nesta perspectiva também o psicólogo perfeito. Teria não apenas uma compreensão do outro, mas uma compreensão total, de cada momento, de cada parte, da articulação, da decisão, do peso que a liberdade teve em tudo isso, etc. Mas um psicólogo perfeito vê com total clarividência, tudo o que faz em seguida é no sentido do futuro. Para ele não faz qualquer sentido condenar a não ser como estratégia para o futuro...
É claro que o homem, enquanto homem, não poderá nunca ter uma perspectiva completa sobre uma pedra (que inclui a sua estrutura molecular e quântica, etc, a sua história, a sua relação com cada outra parte do Universo que a influencia e influenciou, etc, já sem falar das possibilidades futuras), uma árvore, uma nuvem, um rio. Portanto não terá também qualquer possibilidade de vir a compreender na totalidade outro ser humano (ou restantes animais). Se bem que a psicologia de um ser humano (ou de outro animal) seja infinitamente mais simples comparada com a estrutura molecular de uma pedra, mesmo assim é demasiadamente complexa para ser apreendida inteiramente. Seja como for, é pouco crível para mim que compreender alguém se reduza a compreender a sua psicologia.
Dado este estado de desconhecimento inultrapassável como pode o homem estar perante os seus pares e o mundo. Bem, a ignorância em si mesmo pode dar origem a muitos sentimentos: medo, mistério ou inveja, por exemplo. O medo leva ao afastamento, o mistério à contemplação, a inveja leva à condenação.
Quando olhamos para o mundo com olhos de ver vemos algo muito para além do Paraíso. Cigarras e formigas, joaninhas e escaravelhos, ratos e serpentes, leões e corças, aranhas e mosquitos, pardais e andorinhas, todos gozam o momento... O prazer de todos, em uníssono, é um som difícil de suportar, uma felicidade atroz que nos parte os limites de ser, que nos rebenta numa gargalhada, que nos parte os princípios e os fins, que nos acorda para um outro mundo: o mundo REAL.
Toda essa beleza, toda essa alegria, é incompatível com a nossa vida miserável, com as nossas preocupações com o dinheiro, com o trabalho, com o que os outros ganham ou pensam de nós, ou porque têm uma vida mais fácil, com o sofrimento dos animais e do mundo. Por isso temos de fazer uma escolha: ou escolhemos a alegria ou escolhemos o eu. O eu exige paredes, medos, divisórias; para haver um eu tem de haver um tu, um medo, uma possibilidade de queda, um afastamento. A Alegria do mundo, do planeta, de cada bicho unida à de todos os outros é demasiado Feliz, demasiado Orgástica, para nos deixar manter nos nossos frágeis limites do Eu. Ou a ouvimos e nos partimos, ou nos mantemos unos na nossa concha, na nossa solidão, e então temos de reinventar tudo, de redefinir tudo. É aí que aparece uma visão alternativa da vida e das coisas, onde o sofrimento é fundamental. Agarramo-nos, não ao biliões de biliões de animais que vivem em joyeusement, alegria profunda e dedicada, mas àqueles momentos de sofrimento por vezes associados ao fim da vida ou à impossibilidade de chegar ao objecto do desejo. Então pega-se num animal que está quase a morrer ou vive preso e arrasta-se o seu sofrimento, prolonga-se o seu sofrimento, enfatiza-se, publicita-se... Contempla-se... e, nessa contemplação, descobrimo-nos como santos por o fazer permanecer vivo assim por vencermos assim a "infelicidade" do mundo.
Nessa visão do mundo nós somos os grandes heróis num mundo marcado pela dor, pela perda, pela derrota. Somos os maiores, tentando "salvar o mundo". Na verdade, porém, nós estamos é a tentar salvar o nosso eu do abraço murmurante de prazer do mundo, para que ele não acabe connosco num orgasmo sem princípio nem fim. Porque, mesmo enquanto morre, o animal está vivo. E estará vivo, presente, no momento, e quando deixar de estar presente ficará apenas o seu corpo. Mas tudo o que observamos é vida, e depois cadáveres vazios dela. Em nenhum momento a vida cede à morte. Em nenhum momento se "morre" verdadeiramente, como algumas pessoas parecem crer, a não ser que com isso digam que a vida deixou de se manifestar. Tudo o que se possa dizer para lá disso (ou seja, que a alma permanece ou não permanece) é pura especulação.
Alimentando assim um mundo onde a morte é uma coisa má, onde o sofrimento é preponderante, conseguimos manter uma certa individualidade. Mas o nosso pior inimigo é o prazer dos outros. Quando vemos as andorinhas a voar, naquele êxtase de se dissolver no vento, pensamos "ah! mas não pensam, e logo virá a morte e os caçadores". Quando vemos um belo animal pensamos "ah! mas já estão em extinção" ou "os homens vão matá-los" ou "não são tão bons como nós" ou "mas há muitos que não apreciam esta beleza" ou "poderia dar uma bela pele".
Ou seja, substituímos a visão extasiante da beleza por outros pensamentos mais negros que nos permitam manter a ficção de que este é um mundo menos que "Beyond Paradise", que é feio, que é dor, que é injusto, que é cheio de perigos, etc.
Assim mantemos a nossa identidade...
Pior do que isso é quando a visão da beleza é tão forte que não nos dá lugar para fugir dela. É o caso do sexo entre dois amantes: vamos escondê-lo, proibí-lo, condená-lo! É o caso da vida das andorinhas e dos pardais e dos golfinhos e de tantos outros... vamos denegri-los, vamos usá-los, vamos matá-los! É o caso do próprio Universo que na sua visível infinitude, perfeição e complexidade nos faz esquecer de nós: vamos ignorá-lo - as estrelas não têm nada a ver com o preço do gasóleo, é com isso que nos devemos preocupar.
Com todas estas estratégias o homem conseguiu sobreviver como indivíduo. reCriou-se a si próprio. Ganhou um lugar privilegiado no universo como "Filho de Deus", veículo para o Nirvana, dono do mundo, empresário, investigador, etc. Nesse papel irá evoluir certamente muito, pelos milénios fora e dará origem a outras formas de vida, como organismos cibernéticos, cujo tempo de vida e capacidades cognitivas lhes abrirão mais as fronteiras da percepção e cognição, permitindo-lhes talvez escapar mais um pouco a esta cegueira. Daqui a milhões de anos, quem sabe a que daremos lugar?
Mas sem dúvida que o nosso individualismo cumpre um papel, uma função, certamente que não seríamos os mesmos caso a beleza extasiante e tão plena do mundo nos fosse visível. Certamente, não seríamos humanos, mas outra coisa qualquer...
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1 comentário:
Maravilhoso.
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