sábado, 15 de dezembro de 2018

A vida pode ser vista como uma escola.

A vida pode ser vista como uma escola.
Porque em cada momento há uma escolha.
Quer queiramos quer não.
E cada escolha tem consequências, que podemos escolher ver como uma lição.


A escolha mais básica é entre submissão e a autenticidade.

Quando escolhemos ser autênticos cada minuto dura muito mais: em vez de nos submetermos a uma cadeia de medos e desejos, quando somos autênticos em cada momento sentimo-nos livres de escolher entre várias opções.

Por exemplo, se num grupo escolho submeter-me (simplesmente agir como é suposto), os meus instintos vão-me dizendo o que fazer: agradar a este, xingar aquele, mostrar-me todo bom aqui. Até posso ir ganhando pontos. Mas a escolha foi feita ao princípio, quando escolhi agir por medo, a partir daí, podem passar-se meses, anos ou toda uma vida, sem que haja qualquer outra escolha senão: submeter, submeter, submeter, aos prazeres, aos medos, à sensação de vitória, sem nunca pensar, saber ou sentir o que verdadeiramente quero. Uma vida adormecido.

Se escolho a autenticidade, cada momento se torna pleno de opções: em cada um tenho de pensar o que quero realmente fazer, o que me diz realmente a situação, quais os caminhos que tenho à disposição e as mais prováveis consequências de cada um. É muito mais trabalhoso, mas também tem muito mais sabor, estamos mais despertos, aprendemos mais, crescemos mais, estamos presentes, e, como disse, a vida dura muito mais tempo, pois estamos “lá”, a aproveitar cada momento para escolher, de acordo com o que somos mais profundamente, atentos à vida, dispostos a aprender, em vez de deixar uma cadeia qualquer de medos, desejos ou ilusões reagir por nós.

Em todo o caso, podemos sempre ver a vida como uma escola, mesmo quando escolhemos submeter-nos a cadeias de medos, prazeres ou ilusões, porque a escolha inicial foi sempre nossa e teremos sempre a consequência.