quarta-feira, 26 de fevereiro de 2020

- Boas
- Boas porquê?
- Que mania que tens de complicar tudo! Boas, tipo, é só uma maneira de cumprimentar!
- Humm... Bem, eu acho que devias dizer o que pensas e pensar o que dizes.
- E tu, em que pensas?
- Estava aqui a pensar que discordo de todas as religiões.
- Que disparate, olha eu cá concordo com todas as  religiões.
- Todas, todas?
- Quer dizer, todas as que fazem sentido, as principais!
- Ah! Mas umas dizem umas coisas e outras dizem outras. Em relação à comida, vestuário, casamento, etc. Como podes concordar com todas?
- Concordo que todas tentam exprimir algo de válido sobre o mundo, o sentido da existência. Por exemplo, em todas as religiões deves tratar bem o teu semelhante.
- Sim, mas o que é isso de tratar bem? Para uns pode ser uma coisa e para outros outra.
- Mas essa parte já não interessa tanto. Por exemplo, deves ser cordial para os teus convidados, mas num país isso pode querer dizer uma coisa, noutro país outra. O que é importante é respeitar os costumes e tradições de cada um e, dessa forma, mostrar o respeito. Numa sociedade plural e aberta como a nossa essa é a regra: respeito mútuo das tradições de cada um. Assim sabemos que não interessa se fazes desta ou daquela maneira desde que, com o teu gesto, se perceba que queres respeitar e ajudar.
- Pois olha, eu cá discordo de todas as religiões.
- Estás a ver, e nesse sentido estás a ir contra biliões de pessoas. Não te aflige estares a contradizer e potencialmente a desrespeitar tanta gente?
- Então, mas, se toda a gente tem o direito de dizer o que pensa, porque não haveria eu também de ter o mesmo direito? Aliás, muitas dessas pessoas acham exactamente isso, que só elas têm razão e todos os outros, os que não são membros da sua própria religião, mesmo que tenham boas intenções, andam um bocado perdidos. Portanto, na minha discordância, acabo por ser até mais parecido com eles do que tu. E, se os respeitas a eles, terás de me respeitar a mim também.
- Hum... mais ou menos, sabes que numa sociedade aberta devemos ser tolerantes com todos em geral, mas não com a intolerância. Se tu fores intolerante com quem quer que seja, então isso é algo que eu não posso tolerar.
- E, sendo tu intolerante, poderás tolerar-te a ti próprio?
- Eh eh. Sim, podes tolerar a intolerância, desde que seja em relação à intolerância, mas de resto não.
- Bem, em todo o caso eu não sou intolerante, apenas discordo.
- Nesse caso tens todo o meu apoio, mas provavelmente és apenas mais um, com a sua própria religião, a discordar de todas as outras.
- Sim, acho que sim.
- Então e qual é a tua religião?
- Tem apenas uma crença: “Ignoro.”
- Ignoras o quê?
- Tudo, claro! Senão diria que ignoro isto ou aquilo.
- Mas isso é absurdo! Tu sabes falar, pensar, sabes que estás aqui!!
- Sim, mas não sei o que é isso de estar aqui, pensar ou falar. Por exemplo, aqui onde? De acordo com a ciência actual nós só conseguimos observar o universo numa ínfima fracção, o chamado universo observável. A esmagadora maioria do que existe está para sempre fora da nossa observação, devido à velocidade da causalidade ser finita (a chamada “velocidade da luz). Portanto, mesmo de acordo com a ciência, não sabemos bem onde estamos.
- Mas isso tudo é absurdo, em primeiro lugar ao falares de ciência já estás a demonstrar que sabes algo, sabes o que a ciência actual diz sobre o tamanho do universo. E depois a ciência diz-nos que estamos num planeta, num país, numa cidade, numa certa latitude e longitude, a uma altitude, cercados de certas coisas e distantes de outras, um sem fim de coisas sobre o sítio onde estamos.
- Sim, é verdade, mas todas essas coisas, dizem respeito a algo desconhecido. Por exemplo, como sabes se este mundo é real ou uma simulação?
- Porque é que haveria de ser uma simulação?
- Bem, há quem diga que num universo real podemos criar inúmeros universos virtuais. Os jogos de computador actuais já mostram um pouco disso. Portanto deverá haver muitos mais universos virtuais do que reais, o que levaria a pensar que é mais provável vivermos num universo simulado do que num universo real. Não estou a dizer que seja verdade, mas vês algum erro no argumento?
- Um erro no argumento... Bem, à parte de ser a coisa mais disparatada que já ouvi... Deixa pensar... Em primeiro lugar simplesmente não temos nenhuma razão para pensar que este mundo seja uma simulação. E, mesmo que fosse uma simulação, seria a nossa realidade, seria a realidade para nós. Enquanto a simulação não acabasse, presumindo que tal ideia é plausível ou até possível, a única coisa a que poderíamos chamar real é o que vemos. Não faz sentido estar a pensar em mundos para lá deste, até porque podemos imaginar uma infinidade de situações possíveis que levariam a essa simulação. E nada podemos fazer, nem para determinar a verdade de tais hipóteses, nem para distinguir a probabilidade de algumas delas serem mais plausíveis que outras. Por exemplo, eu posso imaginar que, se todo o universo fosse uma simulação, poderia ser uma escola, um castigo, uma prisão, um teste, um divertimento, umas férias, uma aventura, um engano, uma tentativa de escapar a um acontecimento apocalíptico, um esquecimento, uma ideia na cabeça de alguém, uma história, uma experiência, ou até coisas radicalmente diferentes das que conseguimos imaginar nestas nossas dimensões simuladas. De facto, imaginando a possibilidade de que vivemos numa simulação, o mundo, digamos real, pode ser tão diferente deste que pode até ser inimaginável para nós, e as razões ou motivos que levaram à construção dessa simulação também podem ser inimagináveis para nós. Em suma, é um tipo de pensamento que não leva a qualquer lugar.
- Bem, eu não estava a dizer que nos levava a algum lugar, no sentido em que nos permitia decidir se vivíamos numa simulação ou não, e muito menos que tipo de simulação seria e qual seria o seu objectivo. Concordo contigo que todas essas coisas e mais algumas seriam possíveis, incluindo, é claro, a possibilidade de não se tratar de uma simulação, mas da única realidade que existe. Seja como for, o que se pode concluir daí é que, não conhecendo nós a razão de ser do mundo, o seu porquê, ou sequer se tem um porquê, sem saber o que leva o mundo a existir, não podemos saber o que de facto é isto que nos rodeia. A ciência pode descrever como tudo parece funcionar. Em cada momento confirmamos que de facto é assim. E seria absurdo pensar que se tratava de uma mera coincidência. Portanto de facto o mundo parece reger-se por leis, as chamadas leis da natureza, e a ciência parece captar parte dessas leis, apesar de haver ainda muito por descobrir (como a natureza da energia e matéria negra, ou os mecanismos da epigénese, entre muitos outros). Mas a descoberta dessas leis só nos diz como a realidade se comporta, não nos diz o que ela é. E sem saber o que ela é, não posso dizer que sei onde estou, pois certamente é diferente viver num sonho, numa história, numa simulação ou na única realidade que existe. E sobre isso a ciência nada diz, nem pode dizer.
- Que confusão! Oh amigo, tu já pensaste em ser visto por um médico? Eh eh eh.
- Até me sinto bem de saúde... (ri-se)
- Ai, ai... nem sei o que diga... espera, está a vir-me à mente qualquer coisa... Porque, na realidade há um princípio muito simples que evita essas hipóteses todas e que é o princípio de Occam, ou navalha de Occam, de acordo com a qual deves sempre optar pela teoria mais simples desde que consiga explicar tudo. Portanto, dado que não adiantamos ao introduzir universos superiores a este devemos escolher a teoria mais simples que é a de que só existe este universo. Bom para a teoria e bom para a nossa sanidade mental!
- Sim, é verdade. O problema é que nem sempre é claro qual é a teoria mais simples. Por exemplo, quando a interpretação de Everett da física quântica foi proposta, foi precisamente por ser mais simples. Segundo a interpretação de Everett, cada vez que duas coisas podiam acontecer à escala quântica (por exemplo o fotão ir para a esquerda ou para direita), elas aconteciam, mas, como para a mente do observador é impossível ver um único fotão simultaneamente a ir para a esquerda e para a direita, havia como que uma bifurcação do universo. É chamada a interpretação dos universos paralelos e segundo Everett e os seus seguidores (por exemplo David Deutsch) é mais simples do que a interpretação tradicional uma vez que não involve o chamado colapso da função de onda. Mas a comunidade científica não foi unânime neste aspecto, alguns cientistas acham esta interpretação mais simples porque envolve menos premissas, outros acham-na mais complexa pois exige uma quantidade abstrusa (praticamente infinita) de universos paralelos.
- Mas aqui não se trata disso, trata-se de termos apenas o nosso universo ou o nosso universo e algo mais. Portanto aqui não me parece haver dúvidas sobre a aplicação da navalha de Occam.
- A mim não me parece nada simples. Repara, na visão materialista do universo este é composto por uma quantidade prodigiosa de matéria e energia (possivelmente infinita). Para além disso, o universo contém partes ínfimas, todas a interagir umas com as outras, de forma absolutamente perfeita, sem que haja qualquer violação das leis da natureza. Temos portanto de imaginar que há um sem fim de eventos a ocorrer em simultâneo, desde triliões de computadores a processar informação biliões de vezes por segundo (só no nosso planeta), cérebros a fazerem outro tanto, átomos na atmosfera de Júpiter a trocar electrões um número incontável de vezes, e tudo isto e muito mais a acontecer durante biliões de anos em triliões de galáxias, só no universo visível. Agora imagina que queres encontrar a teoria mais simples que explicaria tudo isto. Não seria mais simples imaginar, como Berkeley, que tudo o que existe é uma mera ideia na mente de alguém. Nesse caso não precisas de tanta matéria, energia, espaço-tempo e uma complexidade aterradora. Basta-te colocar como premissa que existe uma única coisa na existência, que é capaz de imaginar, e que nós somos componentes, parte, dessa imaginação. Nem precisas de supor que tudo está imaginado em pormenor. Como num filme, muitas paisagens podem não passar de fotografias. Muitas galáxias poderiam ser apenas imagens de galáxias. A hipótese mais simples de todas, possivelmente, é que só haveria um ser, e que, por qualquer razão, talvez para não viver em completa escuridão por toda a eternidade, esse ser imaginou tudo isto que vemos à nossa volta, talvez até como forma de tentar penetrar a razão da sua própria existência.
- Mas que imaginação que tu tens!! Mas isso não explicaria absolutamente nada. Não é uma teoria científica. Não explica como os fluídos se comportam, ou como o magnetismo muda com a distância, as propriedades químicas dos materiais. Para teres uma teoria realmente explicativa precisas de incluir coisas como átomos e electrões, forças gravíticas e electromagnéticas, etc. Tira uma dessas forças às teorias e perdes o poder explicativo. No entanto, essa algarviada que disseste para aí nem acrescenta nada nem tira nada. Poderá ser emocionalmente interessante de explorar para algumas pessoas, mas, nesse sentido, é como uma telenovela, excita-te os sentimentos, envolve-te em pensamentos, mas não te diz realmente nada de novo.
- Sim, sem dúvida, por isso é que é uma teoria metafísica. O problema é que todas as outras, incluindo o materialismo, também o são. Quando dizes que um certo líquido tem um certo pH, isso não é metafísico, é algo que tem um significado concreto, preciso. Tem a ver com propriedades observáveis. Quando dizes que só existe a matéria já estás a colocar uma hipótese entre várias, por exemplo, idealismo, dualismo, esta ideia da simulação ou até o solipsismo. Mas nenhuma destas teorias tem consequências observáveis, ou melhor, todas elas têm exactamente as mesmas consequências, ou seja, descrevem o mundo exactamente como o vemos, sem nada acrescentar. E portanto, se decidirmos escolher entre elas, teremos de utilizar um critério que não tem a ver com as suas previsões. Se esse critério for então a simplicidade eu sugiro que é tudo menos óbvio que a teoria mais simples de todas seja o materialismo. Porque o materialismo coloca-nos perante uma quantidade gigantesca de coisas, um universo infinitamente complexo. Podemos imaginar infinitas outras opções, por exemplo, em que algumas das quais só precisariam de ser tão complexas quanto fosse necessário para manter iludida uma mente humana (coisa que não parece muito difícil e, de qualquer forma, é incomparavelmente mais simples do que a complexidade que todo o nosso universo implica).
- Perdi-me! Então em que é que ficamos? Achas que uma teoria tipo solipsista é mais simples e portanto melhor do que o materialismo.
- Não! Nada disso. O que acho é que não é claro e portanto mais vale não ter opinião sobre isso. De forma mais correcta, podemos dizer que há um número potencialmente infinito de teorias explicativas sobre o porquê do mundo ser como é. Podemos falar de forma geral sobre materialismo, monismo, dualismo, pluralismo, solipsismo, etc. Mas estas são apenas as teorias que nos têm apelado às emoções. Existem inúmeras teorias alternativas possíveis. Todas elas coerentes, quer internamente, quer com aquilo que podemos observar. Segue-se que a probabilidade de uma delas ser verdadeira é um sobre infinito, ou seja, zero. Isso não significa que todas sejam falsas. Dado o que sabemos do universo a probabilidade de qualquer um de nós ter nascido também é zero, e no entanto todos nós existimos. Bastaria ter voltado atrás uns milhões de anos e mudar alguma coisa no nosso planeta para, dado vivermos num sistema caótico, mudarmos tudo acerca do nosso presente. Aliás, tanto, que com toda a probabilidade, nem a humanidade existiria. (Existiriam talvez outros seres parecidos.)
- Ou seja, mais vale não pensar nisso!
- Exactamente!
- Boa! Ao menos numa coisa estamos de acordo!!
- Em todo o caso, a prática é diferente e há muitas teorias metafísicas que afirmam que o mundo é desta ou daquela maneira. Por exemplo, as religiões tradicionais de facto impõem uma visão em que o mundo é uma espécie de simulação, em geral vista como um teste. Depois de passada esta vida, este teste, somos então, presenteados com o verdadeiro mundo, sobretudo se tivermos passado o teste. Para algumas religiões será o Paraíso, para outras o Nirvana ou talvez o Hades, ou outra coisa qualquer, mas a ideia é sempre que este mundo é apenas uma parte de algo muito maior. Portanto a ideia de que tudo o que vivemos é uma simulação não está assim tão longe do pensamento tradicional. Está apenas estruturada numa linguagem mais moderna, mais computacional, e mais abstracta, permitindo-nos conceber muitos tipos de simulação e não apenas os típicos do género, Deus está a observar-te e deves fazer o teu melhor.
- Hum... ok, estás portanto a dizer que não é assim tão estranho ou estapafúrdio aquilo que estavas a apresentar como a razão das tuas dúvidas.
- Sim, não é assim tão estranho à nossa cultura. Estapafúrdio talvez seja. Isso só quem saiba o que é real poderá dizer. E é precisamente aqui que eu me distingo daqueles que professam uma qualquer metafísica. Porque quer digam que o mundo é uma simulação ou ilusão, quer sejam materialistas ou monistas e afirmam que há só a realidade física, o que é certo, a meu ver, é que o fazem sem provas. A minha religião é portanto simplesmente dizer, não sei, ignoro. E não ter opinião sobre o assunto.
- Que cena, estou a ver. Ou seja, nem és materialista, nem deixas de o ser. Nem acreditas nem deixas de acreditar, apenas ignoras.
- Apenas suspendo a opinião. E na realidade, não me parece que esse tipo de crenças ou opiniões sirvam para alguma coisa, senão para nos dar uma segurança de que não precisamos para viver. Na realidade, a vida é muito mais interessante quando aceitamos a nossa fundamental ignorância. Tudo se enche de mistério e a vontade de aprender e saber cresce. Vivemos num estado permanente de magia, como as crianças. Quando sabemos que não sabemos, olhamos para tudo e em tudo nos apercebemos que ainda há muito para aprender e descobrir e que nada na vida nos permite condenar. Porque ao ignorante é impossível dizer que outro está errado relativamente ao que ele próprio desconhece.
- Mas então, do teu ponto de vista, qualquer religião, mesmo que diferente da tua, poderá estar correcta. Tu não sabes.
- Exactamente, qualquer perspectiva metafísica, desde o materialismo, passando por unicórnios cor de rosa, budismo, cristianismo, etc. Qualquer uma dessas perspectivas poderá estar correcta. Eu não sei. O mesmo acontece em relação a religiões que já desapareceram, como a dos Aztecas, ou a outras que ainda não foram inventadas. A única coisa que se pode apontar é a incoerência interna de algumas religiões.
- Incoerência?
- Sim, por exemplo no Cristianismo por vezes diz-se que toda a lei se resume a amar a Deus acima de todas as coisas e “amai-vos uns aos outros como Eu vos amei”. No entanto, aprendemos depois que temos de nos baptizar, ir à missa e um sem fim de outras coisas que nada têm a ver com este mandamento do amor. Na realidade, este amor, livre, infinito, provavelmente nunca nos levaria a entrar numa igreja, a não ser para admirar a sua arte e nos inspirarmos. O Budismo dá outro exemplo, supostamente vivemos num mundo ilusório, Maia, no entanto é suposto pedirmos refúgio num mestre, e fazermos um conjunto de preces diárias, etc. O que é completamente contraditório com a realização de que o mundo, na verdade, não existe, a não ser como aparência. Na realidade, quem compreendesse verdadeiramente o carácter ilusório da realidade, nunca iria procurar refúgio em nada a não ser naquilo a que os budistas chamam de vacuidade (e que de forma mais simples se poderia chamar de liberdade). E portanto estas religiões têm, nas suas regras mais básicas, as sementes da sua própria destruição. Pelo que, o verdadeiro religioso, ao seguir coerentemente esses principais fundamentais, teria de se desapegar das formas sociais de seguir esses ensinamentos, como única forma de pôr verdadeiramente o fundamental em prática. Sim, é verdade que acusar os homossexuais de serem perversos pode fazer-nos sentir super-bem: afinal somos tão melhores que quem está fora do nosso círculo! Mas isso não nos vai levar ao amor incondicional que o Cristianismo prega. Sim, é verdade que seguir o preceito budista de amar todos os seres sem excepção, nos faz sentir super-bem, imensamente cheios de luz, vitais, cheios de amor, mas não nos liberta da ilusão. Pelo contrário, faz-nos mergulhar ainda mais nela, ao pensarmos que estamos a “evoluir”, a tornarmo-nos melhores, quando, na realidade, o próprio conceito de que se pode evoluir faz parte da ilusão.
- Que confusão...
- Estou só a mostrar que em muitas religiões há contradições internas. Mesmo que queiramos admitir que uma ou outra é real, mesmo no domínio da mera hipótese, somos confrontados com estas contradições. É claro que, poderá sempre dizer-se que aquilo que nos parece uma contradição, na realidade não o é. Tal como a ideia de que o tempo passa mais devagar quando nos aproximamos da velocidade da luz pode parecer uma contradição apenas porque não compreendemos bem de que é que estamos a falar.
- Olha, anda mas é beber qualquer coisa, que já me estás a dar dor de cabeça. Não tens nada mais interessante para falar?
- Olha, por acaso andei a ler umas coisas sobre o coronavírus!
- Ora aí está um assunto bem mais leve! Então diz lá! ...

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