sábado, 16 de novembro de 2013

Expectativas - não obrigado.

O problema das expectativas é que são, em geral, acerca de coisas que se passam no mundo e não apenas na nossa cabeça. Vimos que foi preciso um batalhão de génios, ao longo de séculos (milénios?) para descobrirmos que não era o sol que andava à volta da terra. Como saber então o que tu vais pensar a seguir, que és muito mais imprevisível que aquele astro fervilhante? Estás mais perto, mas é mais fácil deduzir a composição do sol do que as subtilezas dos teus pensamentos.

E o mesmo se passa com as situações, onde se emaranham as ações de inúmeros de nós, todos pelo menos parcialmente imprevisíveis?

Diremos então que não vale a pena ter expectativas?

Eu diria que vale a pena ter paixões, fazer planos, tecer esperanças, procurar certas coisas, mas sempre com um plano B e C e D prontos na manga para se tantas outras coisas falharem. É bom apontarmos para o melhor mas igualmente bom estarmos preparados para o pior.

Como o velejador que aponta o navio para um rumo certo sabendo à partida que terá de estar sempre a corrigir a rota. O importante não é saber o que vai acontecer a seguir, mas sim para onde queremos ir e o que estamos dispostos a pagar para tentar lá chegar...

1 comentário:

Anónimo disse...

Vou publicar no facebook. Lá, onde nenhum amigo +e tão grande como tu:-)

Cláudia