sábado, 16 de novembro de 2013
Olha o meu dedo! Algo eterno e mutável...
"Nada se perde, nada se ganha, tudo se transforma."
Pensamos que há certas coisas que são imutáveis, como a quantidade de energia/matéria no universo.
Se isso for verdade tudo aquilo que vemos tem uma aparência que muda e uma outra parte que não muda. Também se pensa que toda a matéria é formada exatamente pelo mesmo tipo de partículas elementares. Olhe eu para um candeeiro ou para um pintassilgo estou a olhar para um conjunto de quarks, eletrões, etc, que só variam na disposição. É a mesma coisa, mas organizada de maneira diferente, tal como uma pessoa e uma poça de água, só muda o aspeto.
Claro, tudo isto não passam de teorias, apesar de serem as melhores que conseguimos encontrar até ao momento. Mas, verdade ou falso, é curioso pensar que de um certo ponto de vista, o nosso universo é eterno e imutável, enquanto que, de outro, há mudança, morte e nascimento continuo. E, é exatamente a mesma coisa. Ou seja, exatamente a mesma entidade permanece, por um lado, exatamente igual e, por outro, está sempre a mudar.
Por exemplo, podemos pensar, seguindo a física atual, que o universo permanece sempre igual na sua composição elementar, nos seus princípios / leis: nesta perspetiva o universo é sempre a mesma coisa. Por outro lado, são as relações que essas entidades imutáveis estabelecem que dão origem a toda a diversidade e permitem a mudança que vemos à nossa volta e de que participamos.
Nesta tensão entre eternidade e mudança podemos acentuar qualquer dos aspetos: tanto podemos dizer que na realidade só há o mesmo e toda a mudança não passa de diferentes configurações ou aspetos da mesma coisa, como se diferentes facetas se tratasse de uma só existência. Mas também podemos ver a unidade como uma ficção, uma abstração, ou seja, pensando que o que existe são uma enorme quantidade de coisas, cada uma delas diferente de todas as outras, porque única, apesar de partilhar as mesmas propriedades. Mas a mesmidade, diremos quando olhamos nessa perspetiva, não passa de uma abstração, algo que inventámos na nossa mente para compreender melhor o mundo. Na realidade, diremos, a unidade é uma ficção.
Ambas as perspetivas parecem muito plausíveis, vistas de cada uma das perspetivas respetivas e praticamente incompreensíveis / absurdas, se vistas da outra. Quem consegue passar facilmente de uma para outra pode-se divertir a ver o mundo ora de uma maneira ora de outra, e sentindo talvez que ambas parecem partes essenciais de algo maior que é apenas pressentido.
Seja como for uma coisa é certa: sem a unidade o mundo seria incompreensível, um caos de mudança. Sem diversidade seria invisível, pois as leis nunca se vêm diretamente, apenas se deduzem pelos efeitos, pelas particularidades que provocam.
Seja qual for a perspetiva porque queiramos ver o mundo, parece certo que só o mutável é acessível aos sentidos e instrumentos de observação, mas só tentando chegar ao imutável fazemos desse caos uma unidade reconhecível.
Pensamos que há certas coisas que são imutáveis, como a quantidade de energia/matéria no universo.
Se isso for verdade tudo aquilo que vemos tem uma aparência que muda e uma outra parte que não muda. Também se pensa que toda a matéria é formada exatamente pelo mesmo tipo de partículas elementares. Olhe eu para um candeeiro ou para um pintassilgo estou a olhar para um conjunto de quarks, eletrões, etc, que só variam na disposição. É a mesma coisa, mas organizada de maneira diferente, tal como uma pessoa e uma poça de água, só muda o aspeto.
Claro, tudo isto não passam de teorias, apesar de serem as melhores que conseguimos encontrar até ao momento. Mas, verdade ou falso, é curioso pensar que de um certo ponto de vista, o nosso universo é eterno e imutável, enquanto que, de outro, há mudança, morte e nascimento continuo. E, é exatamente a mesma coisa. Ou seja, exatamente a mesma entidade permanece, por um lado, exatamente igual e, por outro, está sempre a mudar.
Por exemplo, podemos pensar, seguindo a física atual, que o universo permanece sempre igual na sua composição elementar, nos seus princípios / leis: nesta perspetiva o universo é sempre a mesma coisa. Por outro lado, são as relações que essas entidades imutáveis estabelecem que dão origem a toda a diversidade e permitem a mudança que vemos à nossa volta e de que participamos.
Nesta tensão entre eternidade e mudança podemos acentuar qualquer dos aspetos: tanto podemos dizer que na realidade só há o mesmo e toda a mudança não passa de diferentes configurações ou aspetos da mesma coisa, como se diferentes facetas se tratasse de uma só existência. Mas também podemos ver a unidade como uma ficção, uma abstração, ou seja, pensando que o que existe são uma enorme quantidade de coisas, cada uma delas diferente de todas as outras, porque única, apesar de partilhar as mesmas propriedades. Mas a mesmidade, diremos quando olhamos nessa perspetiva, não passa de uma abstração, algo que inventámos na nossa mente para compreender melhor o mundo. Na realidade, diremos, a unidade é uma ficção.
Ambas as perspetivas parecem muito plausíveis, vistas de cada uma das perspetivas respetivas e praticamente incompreensíveis / absurdas, se vistas da outra. Quem consegue passar facilmente de uma para outra pode-se divertir a ver o mundo ora de uma maneira ora de outra, e sentindo talvez que ambas parecem partes essenciais de algo maior que é apenas pressentido.
Seja como for uma coisa é certa: sem a unidade o mundo seria incompreensível, um caos de mudança. Sem diversidade seria invisível, pois as leis nunca se vêm diretamente, apenas se deduzem pelos efeitos, pelas particularidades que provocam.
Seja qual for a perspetiva porque queiramos ver o mundo, parece certo que só o mutável é acessível aos sentidos e instrumentos de observação, mas só tentando chegar ao imutável fazemos desse caos uma unidade reconhecível.
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