segunda-feira, 13 de abril de 2015

Quatro quintos

Daqui a aproximadamente mil milhões de anos a terra já não terá água, o que se deve ao crescimento natural do volume do sol (é o que costuma acontecer a todas as estrelas).

https://en.wikipedia.org/wiki/Sun#Earth's_fate

Isso significa que a terra, com os seus mais de 4 mil milhões de anos, já gastou quatro quintos do seu tempo útil para gerar uma espécie inteligente capaz de transportar a vida para fora do planeta (ou de o modificar (órbita, atmosfera, criar filtros, etc) que permitam que a vida continue por cá.

Quando pensamos que nós, seres humanos, somos a melhor hipótese até agora alcançada... ui! Isto não se afigura bom. Será que nos próximos 100 mil anos vamos sobreviver a nós próprios? Eu tenho dúvidas até sobre os próximos 10 mil. A nossa capacidade técnica é de facto assombrosa e evolui rapidamente.

O nosso problema, enquanto espécie, não está tanto na tecnologia, mas no desprezo pela verdade, na ambição desmesurada, no viver em ilusões, nos objetivos separados de uma visão do todo, enfim, de uma estultícia geral, que acompanha os nossos feitos científicos, tecnológicos, artísticos e filosóficos, e que abrange quer a emoção quer a razão.

Ai, a Terra, planeta tão lindo e com uma história tão fabulosa, merecia melhor, não?

Ainda temos algum tempo, vamos esperar que sim... que nós, estes macacos vestidos de saber, deem origem a algo interessante e entretanto, agora que são tão potentes, não destruam o planeta com as suas macaquices.

Sem comentários: